Tarde pareça ao que preceda
Percebe o que recebe aqui
O que mais se aproxima é
Tudo o que se despeça de
A noite cedo virá, noventa graus
da voz da grande ausência
segue-se e conflui a luz ou o não
Mereça e acene para traz
A deixa que aproveita a cena
na fala em que tudo é, tudo vai
Não sai da sua cabeça o que
Não sai da sua presença até
Está em toda a história enfim
Atravessa e dá a volta aqui
O que contorna e anda além
Feito uma lava derrama a si
No ritmo de como deve ser
O tempo como consegue ir
O véu como sabe espargir
Neste pensamento em mim
Nesta que me veio até aqui
A única minha forma, o devir
O que sou e o que sei sentir
Da confluência de uma nota
em relação ao que representa
Tanto pó que se transporta
Uma miragem que se levanta
Fiz o que fiz até aqui, fiz e refiz
Não que nada se sustenta
Não que nada se acomoda
Não que nada não se deixa
Não que tudo se movimenta
Que nada mais tenha volta
Que apenas passo pela porta
Que também sei voltar, voltar...
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